14 de Novembro de 2018
Novo tratamento Laser vaginal devolve bem-estar às mulheres
Hospital de Loulé implementa tratamento inovador para a regeneração vaginal com Laser de Dióxido de Carbono (Co2), uma terapia indolor com elevadas taxas de sucesso no tratamento da atrofia vulvovaginalO Hospital de Loulé tem disponível um novo tratamento não hormonal para a atrofia vaginal, um procedimento inovador com Laser Co2 Fracionado que promove um processo de regeneração, permitindo tratar sintomas como a secura vaginal, dor ou prurido, decorrentes da menopausa. O tratamento inovador, que pode também ser aplicado em mulheres mais jovens, com outros distúrbios, utiliza como fonte de energia o Dióxido de Carbono (Co2), aquele que é o mais utilizado e versátil em tratamentos de Ginecologia. O método, que é indolor, inócuo, não invasivo e não requer anestesia, estimula a produção de colagénio e restabelece o fornecimento de água, tornando mais espessa a parede da mucosa vaginal e, por isso, menos vulnerável. “Na menopausa há uma diminuição da produção de estrogénios, o que faz com que a pele fique muito fina e com as relações sexuais podem acontecer rasgaduras”, explica à be healthy a Ginecologista Vera Ribeiro, que está a realizar o tratamento no Hospital de Loulé. O procedimento não é apenas indicado para as mulheres na pós-menopausa, como também em casos de atrofia em mulheres que tiveram cancro da mama, ginecológico, do reto ou do cólon, ou que sofrem de estenoses (estreitamento) pós-parto ou dos efeitos da episiotomia (incisão cirúrgica para ampliar o canal do parto). De acordo com Vera Ribeiro, as doentes que procuram o tratamento queixam-se sobretudo de secura vaginal, ardor e prurido (comichão). Entre os sintomas mais comuns contam-se ainda uma diminuição da lubrificação, dores intensas durante as relações sexuais (dispareunia), perdas de sangue e queixas urinárias ligeiras. “O efeito do tratamento dura até um ano, um ano e meio, depois faz-se manutenção anual. Para uma patologia média são necessárias três sessões intervaladas por períodos entre quatro a oito semanas”, refere Vera Ribeiro. Após o tratamento, as pacientes devem ter o cuidado de estar entre 5 a 7 dias sem aplicar cremes vaginais e sem ter relações sexuais. Este método é uma excelente alternativa aos tratamentos mais clássicos, que necessitam de aplicação repetida e sistemática e podem ser contraindicados.
Sintomas da Atrofia Vaginal
A atrofia vulvovaginal tem um impacto negativo na qualidade de vida de até 50% das mulheres na pós-menopausa. A deficiência de estrogénio que ocorre na menopausa leva ao estreitamento do epitélio vaginal, resultando na atrofia da vagina e em sintomas como a diminuição da lubrificação (secura vaginal), comichão (prurido) e dor durante o ato sexual (dispareunia). Pode também haver um aumento da frequência de infeções urinárias e genitais e do corrimento vaginal e queixas urinárias.