O desenvolvimento de métodos menos invasivos para retardar ou corrigir o envelhecimento da pele revolucionou a forma como as pessoas encaram os tratamentos médicos para melhorar a sua aparência. Se há uns anos a única saída possível era o recurso à Cirurgia Plástica, atualmente existem métodos não cirúrgicos que permitem recuperar um aspeto mais jovem, ainda que apenas com efeito temporário. Os procedimentos mais utilizados são as injeções com toxina botulínica (bo tox) ou com ácido hialurónico, ambos com finalidades distintas, mas que podem ser usados de forma complementar, como esclarece o cirurgião plástico Damião Vilhena-Ayres. “O bo tox faz desaparecer algumas rugas, mas é muito mais eficaz se for usado profilaticamente. Quanto mais cedo se começar a aplicar o bo tox, mais eficácia se consegue alcançar. Como paralisa o músculo que ao contrair faz aparecer as rugas, vai prevenir que as rugas se instalem”, refere. O especialistaa recomendação para começar a aplicar bo tox remete para “idades cada vez mais baixas”, tratando-se de um procedimento que pode ser realizado a partir dos 30 anos. No geral, o bo tox é mais indicado para tratar a zona da testa, glabela (rugas marcadas entre as sobrancelhas), e em redor dos olhos, os chamados “pés de galinha”. Já o ácido hialurónico é mais usado para amenizar os sulcos nasogenianos (linhas que vão do nariz ao canto da boca), na zona das olheiras ou ao lado da boca (“linhas de marioneta”), mas também para dar volume aos lábios e maçãs do rosto, entre outros. Seja qual for o procedimento escolhido, Damião Vilhena-Ayres alerta para a necessidade de ter sempre de ser executado por médicos especialistas, pois apesar de estes novos métodos não implicarem cirurgia, uma aplicação incorreta pode causar problemas.